Uma das oito classificadas para o VALORANT Masters brasileiro é a SLICK, equipe encabeçada pelo influenciador Hernan “hastad” Klingler. A classificação aconteceu no terceiro VALORANT Challengers Brasil (VCB), fase na qual superaram B4 Esports e DELIRAWOWZK para ficar com a vaga.
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Com a chegada da competição, o VALORANT Zone deu início a uma série nova: Os Masters do Brasil. Nela, Victor “bld” Junqueira e André “DiMAS” Dimas conversaram com reportagem para falar sobre tudo que engloba o VALORANT Champions Tour.
Enquanto BLD fazia parte da Falkol idealizada por Raphael “cogu” Camargo, DiMAS iniciou a temporada com Team Vikings mas depois passou por alguns fakes. Por isso, BLD viu a temporada de 2020 como uma forma de aprendizado.
“Acho que foi um ano de aprendizado. Sai do CS para vir para o VALORANT e acho que foi um começo de entender o jogo, ver o que gostaria de fazer, qual seria minha função. É diferente do CS. Você tem que se sentir bem fazendo alguma coisa, então usei esse tempo de 2020 como aprendizado“, ressaltou.
Pelo lado do também ex-jogador de CS:GO, DiMAS lembrou do timing, visto que quando saiu da Vikings, os times já estavam montados: “Quando nosso time dividiu, os outros já estavam consolidados, então passei o resto de 2020 jogando com o pessoal que já conhecia, como demo, cqtrl e cry0“.
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Já BLD mostra-se bastante definido sobre o que deseja no FPS da Riot Games. Após passagem pela Falkol com cogu e Jean “mch” Michel D’Oliveira, aceitou o convite da SLICK para tentar realizar seus objetivos como jogador.
“SLICK foi o projeto que escolhi estar dentro para tentar meus objetivos de ser jogador, ganhar uns campeonatos, tentar ir lá pra fora e crescer como jogador“.
CRIAÇÃO DA SLICK
Com ascensão meteórica em 2021, a SLICK é uma das gratas surpresas da temporada recorrente de VALORANT no Brasil. BLD, peça fulcral na montagem, explicou como aconteceu.
“O hastad me chamou para fazer parte do time que contava com ele e pepa, mas o pepa saiu e ficou só nós dois. Como o cenário tinha muito time fechado, era difícil achar alguns nomes. Acabou que eu indiquei o mNds e o DiMAS. Depois, o ntk surgiu do acaso, já que no mesmo dia que o pepa revelou que deixaria o time, o ntk mandou mensagem falando que os testes na paiN não deram certo. Acabou que o ntk foi obra do destino para fazer parte dessa line“, revelou.
Para BLD, o projeto por trás da organização foi o que o atraiu para aceitar o convite do argentino, inclusive com o mesmo citando que nunca teve tal “tratamento” enquanto jogava CS:GO.
“A org que tá por trás da SLICK é sensacional. Tudo que prometeram estão cumprindo. Ainda não posso falar a org, mas foi apresentado um projeto muito bom e eu nunca tinha visto algo dessa forma focado em você como pessoa, não só jogador. Acho que o projeto foi uma das coisas fortes que me fez escolher a SLICK“.
CLASSIFICAÇÃO VCB E TÍTULOS
Surpreendendo grande parte do público e garantindo a vaga no primeiro Challengers ao superar a Vivo Keyd por 2 a 0 no embate decisivo, a SLICK mostrou um bom cartão de visitas. DiMAS alega sobre ânimo que ganhou após tal feito.
“Esse resultado contra a VK e classificação direta para o VCB deu um ânimo gigante pro time todo. Só o fato do projeto existir me animou para voltar a competir ‘fulltime’. Surpreendeu a gente bastante, não sabíamos que o time funcionaria bem tão rápido“.
O jogador também destaca a participação na Chroma Cup como forma de treinar e arrumar os problemas no time.
“Jogamos com o intuito de usar o campeonato como treino, o foco era o VCB. Perdemos, vimos o que aconteceu e resolvemos. Sábado, ganhamos da VORAX. Usamos a Chroma como treino mesmo“, citou.
PRESSÃO, ROTINA CONTRA TIMES GRANDES E MUDANÇA NA FORMAÇÃO NO VCB2
Entrando numa rotina de enfrentar times mais preparados, vide alavancagem de tier por parte da SLICK, a pressão podia atrapalhar a evolução do quinteto. Entretanto, DiMAS vê com bons olhos os embates contra tais elencos.
“Ajuda muito jogar contra times grandes, em pressão e ver o que tá errado. Pro hastad, no começo, era difícil esses campeonatos pela pressão. Conforme o tempo foi passando, foi aliviando e agora ele joga totalmente no normal“, explicou.
Conhecido e elencado como uma das melhores Sage do Brasil, BLD escolheu não utilizar a agente no terceiro e último jogo do Challengers 2, onde foram derrotados pela Vikings. O jogador explicou a mudança – esta que foi questionada pelo público.
“Eu falei um jogo antes que estava ficando manjado o nosso plano de jogo. Não conseguimos mudar e testar novas comps por conta da rotina, estávamos jogando o campeonato há um mês. Na semana conseguimos testar, mas não deixamos programado o que fazer. Depois de perder para a VORAX, todo mundo resolveu mudar. Aí nesse vamos mudar optei pelo Cypher – já havia usado na Falkol – e o DiMAS de Jett“.
Ainda no tópico de rotina, bld também falou sobre a coletiva pós-jogo de hastad, onde seu companheiro destacou o “tilt” interno no time. “A gente não tava em um momento legal, muita briga e discussão. Quando você não se sente bem, qualquer coisa tem uma picuinha ali e outra ali. Por isso, optamos por chamar o psicólogo e isso mudou tudo. Não sei o que aconteceria se ele não aparecesse pra conversar com a gente“.
PREPARAÇÃO PRO CHALLENGERS 3 E EXPECTATIVA PARA O MASTERS
Possuindo o Challengers 3 como a última chance de classificação, a pressão em cima das equipes presentes era notória e, por isso, DiMAS mais uma vez disse sobre a importância do psicólogo no dia-a-dia.
“Pressão existia, não tem como não ter, mas os treinos na semana acabaram sendo melhores, ainda mais com o psicólogo que ajudou muito a gente, dando um boost para nós. Nossa primeira MD1 com a DELIRA rolou e tínhamos B4 depois. Conversamos com ele [psicólogo] no domingo, ganhamos confiança e triunfamos sobre a B4. Em seguida, outra boa semana de treinos que ajudou a gente na MD3 contra a DELIRA e classificados para o Masters“, explanou.
Já na reta final da conversa, foi BLD quem falou sobre as expectativas para o torneio regional.
“Cara, quero ganhar, é óbvio. Estamos tendo uma boa semana de treino, psicólogo com a gente dando força e confiança. A gente perdeu para eles na AORUS [gamelanders] e temos muita coisa para assistir e dar uma estudada, mas nosso foco será em fazer nosso jogo. Tá todo mundo muito confiante“, finalizou.
VALORANT MASTERS NO BRASIL
A divisão brasileira começará a ser disputada neste fim de semana, com Gamelanders abrindo o campeonato contra a SLICK. Veja todos os confrontos clicando aqui. E, é claro, o VALORANT Zone fará cobertura completa do torneio.